Existem várias situações em que a cirurgia de tireoide pode ser indicada.
Aqui estão algumas delas:
Presença de caroços ou protuberâncias na tireoide, que podem ser benignos ou malignos.
Quando os nódulos são pequenos, não causam sintomas. No entanto, à medida que crescem em tamanho passam por alterações estruturais e precisam de investigação e tratamento.
Aumento do tamanho da tireoide devido ao crescimento de múltiplos nódulos, podendo causar desconforto, dificuldade para engolir, alteração vocal e estética. A tireoidectomia e a radiofrequência, são algumas opções terapêuticas nos bócios sintomáticos.
Pode se manifestar como nódulos tireoidianos, crescimento anormal da tireoide, alterações na voz ou linfonodos cervicais anormais. O tratamento mais comum é a tireoidectomia, uma cirurgia que pode envolver a remoção parcial ou total da glândula tireoide.
Produção excessiva de hormônios tireoidianos, levando a sintomas característicos. Como tratamento temos os procedimentos pouco invasivos como a radiofrequência ou cirúrgicos como a tireoidectomia.
Essa técnica envolve a remoção completa da tireoide e é geralmente indicada para casos de câncer de tireoide, bócios, nódulos sintomáticos e pacientes com hipertireoidismo, em que é necessário remover toda a glândula. A tireoidectomia pode ser realizada através de dois tipos de acessos: o clássico ou o robótico. O objetivo dessa cirurgia é proporcionar ao paciente o controle sintomático ou oncológico adequado, levando em consideração os objetivos definidos pelo médico e pelo paciente.
Essa cirurgia envolve a remoção de uma parte da tireoide, preservando sua porção saudável, sendo comumente indicada para casos de nódulos tireoidianos benignos, quando apenas uma parte da glândula está afetada. Também pode ser realizada para casos de câncer de tireoide em estágios iniciais, quando apenas um lobo da tireoide está comprometido. Cada caso é único e requer uma abordagem individualizada, visando a melhor estratégia de tratamento e cuidados ao paciente.
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Formado em Medicina pela Universidade Mayor de San Simón, na Bolívia, o Dr. Pablo Ocampo Quintana fez a revalidação do seu diploma na Universidade Federal do Ceará e, em seguida, se estabeleceu em São Paulo. Em 2012, fez sua especialização em Cirurgia de Cabeça e Pescoço no Instituto de Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, seguida por uma subespecialização em Cirurgia Avançada de Cabeça e Pescoço no A.C. Camargo Câncer Center.
A tireoidectomia representa um procedimento cirúrgico seguro com baixa taxa de complicação, porém alguns potenciais riscos são descritos como alteração de sensibilidade, diminuição dos níveis de cálcio, diminuição da qualidade vocal e mais raramente, sangramento e infecção. Cuidados pré-operatórios e pós-operatórios orientados pelo cirurgião de cabeça e pescoço devem ser seguidos.
Os principais exames incluem laboratoriais, destacando-se as dosagens de hormônios tireoidianos, como TSH, T4, PTH e níveis de cálcio. Exames de imagem como ultrassonografia e tomografia computadorizada quando necessários, são realizados para avaliar o tamanho, a forma e a presença de nódulos na tireoide ou linfonodos. A biópsia por punção com agulha fina (PAAF) também pode ser realizada para obter amostras de tecido tireoidiano e confirmar se um nódulo é benigno ou maligno. Em algumas ocasiões, cintilografias da tireoide, ressonâncias ou PET CT podem ser solicitadas.
Em geral, é utilizada anestesia geral durante a cirurgia de tireoide em que o paciente fica inconsciente e sedado, permitindo analgesia e anestesia dele. Sondas de intubação com sensores para monitorização das cordas vocais são utilizados. O paciente fica numa cama estreita, aquecido a cuidados de toda a equipe médica e de enfermagem.
Normalmente, uma tireoidectomia total pode levar de 2 a 4 horas. Já a lobectomia ou tireoidectomia parcial geralmente leva menos tempo, em torno de 1 a 2 horas.
Em geral, a recuperação inicial após a cirurgia pode levar de alguns dias a algumas semanas. Durante esse período, é comum sentir pouca dor, inchaço e desconforto na região do pescoço, mas esses sintomas tendem a diminuir progressivamente. O retorno às atividades diárias normais pode ocorrer dentro de uma ou duas semanas, embora atividades mais intensas e exercícios físicos extenuantes possam exigir mais tempo de recuperação.
Sim. O acompanhamento contínuo é importante para monitorar os níveis hormonais, avaliar a cicatrização, identificar possíveis complicações e ajustar a medicação tireoidiana, caso seja necessário. O acompanhamento oncológico deve seguir os protocolos adequados a cada paciente.
O médico pode recomendar evitar alimentos duros e de difícil mastigação nos primeiros dias após a cirurgia, para minimizar o desconforto na região do pescoço. Além disso, pode ser necessário evitar alimentos que interfiram na absorção de medicamentos tireoidianos, como suplementos de ferro ou cálcio, até que o ajuste adequado da medicação seja realizado. Já em relação às atividades físicas, existem algumas restrições temporárias. Nos primeiros dias ou semanas após o procedimento, é recomendável evitar exercícios físicos intensos, levantamento de peso e ações que possam colocar pressão ou tensão excessiva na área do pescoço.
É comum que os pacientes precisem tomar medicamentos hormonais, como a levotiroxina sódica (T4 sintético), para substituir a função da tireoide removida. Essa medicação é essencial para manter os níveis hormonais adequados no organismo. A duração do uso desses medicamentos pode variar de acordo com o caso e a avaliação médica individual.