Conhecer os sintomas do câncer de amígdala é fundamental para um diagnóstico precoce e maiores chances de um tratamento efetivo e de sucesso.
As amígdalas, também conhecidas como tonsilas palatinas, são pequenas estruturas localizadas na região posterior da garganta e que desempenham importante papel de defesa contra agentes patológicos diversos, como bactérias e vírus.
Por esse motivo, quadros inflamatórios dessa região, como as amigdalites, são bastante comuns em crianças e adultos. No entanto, é preciso estar atento a sinais e sintomas específicos e que devem ser investigados para descartar quadros mais graves, como o câncer de amígdala.
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O que é câncer de amígdala?
O câncer de amígdala é uma neoplasia da orofaringe, que acomete especificamente as tonsilas palatinas e causa bastante impacto na qualidade de vida dos pacientes, devido principalmente ao desconforto gerado pelo crescimento do tumor.
Vale destacar que, embora esse tipo de câncer historicamente se relacione ao consumo excessivo de álcool e ao tabagismo, cada vez mais os jovens e não fumantes estão sendo diagnosticados com câncer de amígdala deflagrado por infecção prévia pelo HPV, o Papilomavírus Humano.
Principais sintomas
O quadro inicial da doença costuma ser “pobre” em sintomas, e por isso muitas vezes o paciente sequer busca ajuda médica ou, se o faz, recebe diagnóstico de outras condições mais prevalentes e que acometem a mesma região. Porém, com o passar das semanas, os sintomas vão se tornando mais evidentes e resistentes aos tratamentos, fase em que o câncer de amígdala costuma ser diagnosticado.
Assim, é importante que que todos estejam atentos aos sintomas listados abaixo e busquem atendimento médico especializado na presença deles:
- Dor de garganta persistente;
- Nódulos cervicais – linfonodos aumentados;
- Dificuldade para engolir, que piora com o tempo;
- Sensação de massa ou inchaço na garganta;
- Rouquidão;
- Dor no ouvido;
- Tosse com sangue;
- Perda de peso não intencional.
Como evidenciado acima, muitos desses sintomas também se manifestam em outras condições médicas. Porém, a persistência deles deve sempre ser avaliada por um profissional de saúde, como o cirurgião de cabeça e pescoço.
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Tipos de câncer de amígdala
O câncer primário de amígdala, ou seja, aquele que se origina no próprio órgão e que não é oriundo de metástase, pode ser classificado conforme o tipo de célula que está se multiplicando.
Carcinomas
O principal tipo de câncer de amígdala primário é o carcinoma, um tumor de origem epitelial e que representa mais de 80% dos tumores malignos dessa região, podendo ser classificado em diversos subtipos, como carcinoma de células escamosas, adenocarcinoma e carcinoma mucoepidermoide.
Linfomas
O linfoma é um tipo de câncer que surge no sistema linfático, conjunto de estruturas que fazem parte concomitantemente do sistema circulatório e imunológico, podendo afetar as amígdalas e os linfonodos da cabeça e pescoço.
Diagnóstico do câncer de amígdala
O diagnóstico do câncer de amígdala se inicia pela história clínica apresentada pelo paciente e por uma análise dos fatores de risco durante a consulta médica. Em posse desses dados, o cirurgião de cabeça e pescoço deve prosseguir com um exame físico detalhado da cavidade oral, da orofaringe, cavidade nasal e região cervical.
Além disso, alguns exames permitem avaliar com mais detalhes as estruturas dessa região anatômica, como:
- Laringoscopia;
- Nasofibrolaringoscopia;
- Endoscopia digestiva alta;
- Tomografia computadorizada;
- Ressonância magnética;
- Biopsia com pesquisa da relação histológica e o HPV;
- PET-CT.
Porém, o diagnóstico final para o câncer de amígdala só pode ser firmado após a biópsia do tecido, que permite também identificar o tipo do câncer e determinar o estágio da doença.
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Qual a relação com o HPV?
O HPV tem sido cada vez mais associado ao câncer de amígdala. Esse agente pode ser transmitido através do contato sexual e embora seja conhecido por causar câncer de colo uterino em mulheres, também pode afetar a garganta, incluindo as amígdalas.
Segundo dados do A.C. Camargo Cancer Center, aproximadamente 75% dos casos de câncer de amígdala têm relação com o vírus, e por esse motivo é fundamental reforçar a importância da vacina contra o HPV, bem como medidas de proteção sexual.
Como tratar o câncer de amígdala?
A escolha pela forma de tratamento do câncer de amígdala depende de vários fatores, como:
- Tipo histológico de câncer;
- Estágio da doença;
- Estado de saúde do paciente;
- Localização e relação do tumor com outras estruturas anatômicas.
Em alguns casos, principalmente naqueles em que a lesão é inicial, a cirurgia de ressecção do tumor pode ser indicada, principalmente se não tiver contato íntimo com vasos e nervos importantes. Porém, é importante considerar também outras formas de tratamento — isolados ou complementares à cirurgia —, como radioterapia, quimioterapia e imunoterapia.
Nos últimos anos, o uso da tecnologia (especialmente das metodologias robóticas) tem trazido avanços importantes no modo de tratamento desta doença, diminuindo a morbidade oncológica e trazendo melhora na qualidade de vida com diminuição do uso de sondas de alimentação e uso de traqueostomia. Vale lembrar que a avaliação pelo cirurgião de cabeça e pescoço é fundamental.
Qual médico trata o câncer de amígdala?
O cirurgião de cabeça e pescoço é o médico responsável por guiar o tratamento do câncer de amígdala e acompanhar o paciente junto do oncologista, do radioterapeuta e de toda a equipe de apoio.
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Fontes: