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Causas do câncer de orofaringe

Causas do câncer de orofaringe
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
01/07/2023
4 min. de leitura

As principais causas do câncer de orofaringe estão relacionadas a hábitos e estilos de vida

As neoplasias (cânceres) de cabeça e pescoço são consideradas um sério problema de saúde pública devido à sua alta incidência, prevalência e taxa de mortalidade. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil é o terceiro país com maior número de casos de tumores de orofaringe no mundo, registrando mais de 14 mil notificações por ano.

São considerados câncer de orofaringe os tumores malignos que acometem o palato mole, as tonsilas, a base da língua, as paredes da faringe e a valécula (estrutura no final da base de língua em continuidade com a supraglote). Ou seja, abrangem a parte posterior da boca, as amígdalas, base da língua e a parte superior da garganta.

Segundo o Instituto Albert Einsten, cerca de 90% dos casos de câncer de boca e orofaringe são carcinomas de células escamosas (CCE), e fatores como infecção pelo papilomavírus humano (HPV), tabagismo e consumo de álcool estão presentes na maioria dos pacientes, sendo importantes causas do câncer de orofaringe.

O que pode vir a causar o câncer de orofaringe

As causas do câncer de orofaringe são multifatoriais, mas o principal fator de risco associado ao desenvolvimento da doença é a infecção persistente pelo HPV, em especial os subtipos 16 e 18.

Porém, sabe-se também que a presença desse vírus nos tumores de orofaringe está relacionada a um melhor prognóstico para os CCE, pois costumam respondem melhor aos tratamentos tanto cirúrgicos como radioterápicos e quimioterápicos.

Além disso, o tabagismo e o consumo excessivo e crônico de álcool são outras bem definidas e importantes causas do câncer de orofaringe, pois tais substâncias podem danificar as células da orofaringe, que passam a se reproduzir de maneira desordenada levando ao desenvolvimento do câncer.

Porém, é importante notar que nem todas as pessoas expostas a esses fatores de risco desenvolverão câncer de orofaringe, visto que, como já dito, trata-se de uma doença multifatorial. Isso quer dizer que o estado imunológico, a predisposição genética e outros fatores também desempenham um papel no surgimento dessa doença. Além disso, é possível que haja outros fatores ainda desconhecidos que sejam causas do câncer de orofaringe.

Outros fatores de risco

Além da infecção pelo HPV, do tabagismo e do consumo de álcool, que são as principais causas do câncer de orofaringe, sabe-se que outros fatores colaboram para o surgimento e desenvolvimento dos tumores nessa região anatômica, como:

  • Dieta pobre em frutas e vegetais;
  • Sistema imunológico debilitado;
  • Sexo oral sem o uso de preservativos;
  • Predisposição genética;
  • Avançar da idade (mais comum entre 50 e 75 anos);
  • Gênero (homens são mais acometidos que as mulheres);
  • Infecções por outros vírus (Herpes, Epstein-Barr, Hepatite C).

Como diagnosticar e tratar o câncer de orofaringe

Como as lesões da orofaringe costumam ser assintomáticas no início ou gerar sinais inespecíficos, muitas vezes o diagnóstico desse câncer é tardio. Assim, é importante que, principalmente as pessoas com história familiar de neoplasias ou cujos hábitos e estilo de vida estão associados às causas do câncer de orofaringe relatadas anteriormente, estejam atentas aos seguintes sintomas:

  • Dor de garganta persistente ou dor ao engolir;
  • Mudanças na voz, como rouquidão persistente;
  • Sensação de obstrução na garganta ou de algo preso;
  • Perda inexplicável de peso;
  • Aparecimento de feridas ou úlceras na boca, língua ou amígdalas que não cicatrizam;
  • Linfonodos aumentados no pescoço.

Obviamente, nem sempre os sintomas acima estarão relacionados ao câncer de orofaringe, mas quando persistentes e refratários aos tratamentos medicamentosos é importante realizar uma investigação mais aprofundada com um cirurgião de cabeça e pescoço. O primeiro passo é identificar se o paciente tem risco aumentado a desenvolver a doença rastreando sua relação com as principais causas do câncer de orofaringe.

Em seguida, um exame físico deve ser realizado e exames de imagem solicitados, como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou laringoscopia, que ajudam a localizar e a delimitar a lesão. Por fim, uma biópsia da lesão tumoral deve ser realizada para se obter o diagnóstico definitivo de câncer de orofaringe.

Por fim, é fundamental saber com precisão o tipo de célula cancerígena e o local acometido na orofaringe para, dessa forma, determinar o estágio da doença e planejar o tratamento adequado, que pode incluir quimioterapia, radioterapia e cirurgia.

Recentemente, com o uso da cirurgia robótica, procedimentos minimamente invasivos têm sido realizados com bons resultados oncológicos e funcionais.

Qual o profissional ideal para este caso

O profissional indicado para diagnosticar e tratar o câncer de orofaringe é o cirurgião de cabeça e pescoço, que tem domínio técnico e experiência com as doenças que afetam as estruturas anatômicas dessa região, como o Dr. Pablo Quintana.

Entre em contato agora mesmo e agende uma consulta com o Dr. Pablo Quintana.

 

Fontes:

Instituto Nacional do Câncer;

Ministério da Saúde;

Instituto Israelita de Pesquisa Albert Einstein;

UpToDate.