Doença congênita normalmente surge em crianças em idade pré-escolar, mas pode se desenvolver em pessoas de qualquer idade
Os cistos são como pequenas bolsas de líquido revestidas por uma fina membrana, que podem se desenvolver em diversas partes do corpo. O cisto tireoglosso é a malformação congênita mais comum da região do pescoço, geralmente identificada por volta dos 5 anos, mas pode se desenvolver também em adultos e idosos.
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Esse nódulo indolor, de consistência firme, formato esférico e que contém líquido viscoso e espesso, está localizado na linha média do pescoço, mais precisamente entre a base da língua e a tireoide. Trata-se de uma condição benigna, na qual apenas 1% dos casos pode evoluir para neoplasias malignas. Apesar disso, o cisto tireoglosso pode infeccionar, formar fístulas e se romper, drenando secreções purulentas.
Saiba mais sobre os sintomas, diagnóstico e formas de tratamento para o cisto tireoglosso.
Como o cisto tireoglosso se forma?
O cisto tireoglosso tem origem na formação da glândula tireoide ainda na fase embrionária, quando ela começa a se desenvolver na base da língua. Por volta da sétima semana de gestação, a tireoide migra para a sua posição definitiva, na parte anterior cervical, o que forma o trato tireoglosso.
A tendência é que esse trato se feche e involua, mas, se houver células remanescentes nesse trajeto, elas podem formar o ducto tireoglosso, que dá origem ao cisto tireoglosso.
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Principais sintomas do cisto tireoglosso
Em muitos casos, este cisto pode ser assintomático, manifestando-se como um nódulo de formato esférico na região anterior do pescoço que fica mais evidente com a protrusão da língua. A dor não é uma manifestação comum, mas ela ocorre quando há um quadro de inflamação ou infecção na região.
Desse modo, os sintomas que podem ser observados são:
- Inchaço e vermelhidão no local;
- Dificuldade para engolir ou respirar;
- Formação de fístulas;
- Saída de secreção para a pele (sintoma menos comum).
Apesar de ser uma condição predominantemente benigna, cerca de 1% dos pacientes pode desenvolver neoplasias malignas, como o carcinoma papilífero do ducto tireoglosso.
Como é feito o diagnóstico do cisto tireoglosso?
Geralmente, as suspeitas do cisto tireoglosso começam quando os pais notam uma bolinha no pescoço da criança. Nesse caso, o pediatra ou o cirurgião de cabeça e pescoço realiza o exame físico ao apalpar a região para a obtenção do diagnóstico, que pode ser complementado com exames como:
- Ultrassonografia do pescoço;
- Ressonância cervical;
- Tomografia computadorizada;
- Cintilografia da tireoide.
Opções de tratamento para o cisto tireoglosso
A principal opção de tratamento para o cisto tireoglosso é a cirurgia, cujo objetivo é remover o cisto, assim como o ducto tireoglosso até a base da língua juntamente à porção média do osso hioide. Essa técnica é chamada de cirurgia de Sistrunk e reduz o risco de recidiva para 3%, pois a ressecção simples do cisto não impede a formação de novos cistos.
A cirurgia costuma apresentar resultados eficientes e é bastante segura. O procedimento é feito com anestesia geral, podendo durar cerca de uma hora.
Antes da cirurgia, o paciente pode receber um tratamento medicamentoso com anti-inflamatórios e antibióticos para conter casos de infecção ativa, já que o procedimento não pode ser feito até que o processo infeccioso seja pelo menos controlado.
Dr. Pablo Quintana para o tratamento do cisto tireoglosso
O Dr. Pablo Quintana é cirurgião de cabeça e pescoço, um profissional experiente e especializado na condução do tratamento adequado de nódulos cervicais. Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, o Dr. Pablo Quintana se destaca por oferecer um atendimento completo e personalizado às necessidades dos seus pacientes.
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Fontes: