Saiba quais as doenças relacionadas e como é realizado o diagnóstico de um nódulo no pescoço. Variedade de possibilidades demandam investigação médica especializada
O diagnóstico de um nódulo no pescoço é fundamental quando identificamos uma protuberância anormal ou um abaulamento cervical, podendo trazer diagnósticos mais simples — como inflamações — ou graves, como uma neoplasia primaria ou metastática.
Por conta disso, apenas um correto diagnóstico de um nódulo no pescoço trará tratamentos adequados para a doença.
Considera-se um nódulo no pescoço qualquer protuberância ou abaulamento fixo ou móvel, localizada na região cervical tanto anterior como posterior, sendo, em geral, perceptível ao toque ou visualmente aparentes.
Quais são as possíveis causas de um nódulo no pescoço?
Um nódulo no pescoço pode aparecer em pessoas de qualquer idade, sendo mais comum em crianças e adolescentes, quando costumam ser temporários e regredir espontaneamente.
Entender os possíveis diagnósticos de um nódulo no pescoço é fundamental para compreender a relevância da assistência especializada. Entre esses diagnósticos, estão inclusos:
- Ínguas ou gânglios no pescoço: são os quadros mais comuns, consistindo no aumento ou inchaço dos linfonodos, integrantes do sistema linfático, especialmente quando associados a quadros infecciosos ou inflamatórios, como de gripe, amigdalite e otite. Demandam investigação quando persistentes;
- Cistos: abaulamentos cervicais em que o conteúdo da nodulação é líquido. Ocorrem, normalmente, devido à obstrução de glândulas sebáceas, doenças congênitas, doenças nas glândulas salivares;
- Doença das glândulas salivares: infecções nas glândulas salivares podem levar à formação de nódulos na glândula parótida ou submandibular, que podem demandar tratamentos clínicos ou cirúrgicos, dependendo da evolução da patologia. Tumores benignos e malignos das glândulas salivares precisam ser investigados e tratados;
- Nódulos na tireoide: podem ser de origem benigna ou maligna. Geralmente ficam localizados inferiormente ao “gogó”, podem ter repercussão na deglutição, na fala ou comprometer esteticamente o pescoço;
- Tumores primários como o linfoma, em que os nódulos cervicais formam conglomerados e estão associados a emagrecimento, sudorese e febre;
- Metástases tumorais: Os nódulos cervicais podem ser a primeira manifestação de um câncer de cavidade oral, orofaringe ou laringe.
Considerando as diferentes patologias que podem resultar em protuberâncias na região cervical, o diagnóstico do nódulo no pescoço é fundamental para descartar quadros mais graves.
Como é feito o diagnóstico do nódulo no pescoço?
A primeira etapa do diagnóstico de nódulo no pescoço é realizada pelo médico a partir do exame físico, uma vez que esse tipo de protuberância, em geral, é palpável, fornecendo características de benignidade ou malignidade segundo a avaliação.
A partir disso, são consideradas várias hipóteses diagnósticas: o cirurgião de cabeça e pescoço poderá realizar diferentes abordagens propedêuticas para a investigação do nódulo no pescoço, como:
- Exames laboratoriais, como hemograma, marcadores da tireoide etc.;
- Sorologias virais e bacterianas;
- Exames de imagem, especialmente a ultrassonografia cervical e da tireoide;
- Laringoscopia direta para avaliação de orofaringe e laringe;
- Exame de nasofibrolaringoscopia, para visualização das estruturas internas do pescoço, o que inclui nariz, garganta, laringe;
- Exames de imagem, como a tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Considerando a hipótese diagnóstica inicial e os resultados dos exames solicitados, que podem variar de acordo com as características de cada doença, pode ser solicitada a biópsia do nódulo.
A técnica de biópsia mais utilizada é a punção aspirativa por agulha fina (PAAF), pois consiste em um exame mais rápido, mais bem tolerado pelos pacientes e que permite identificar, a partir da citologia da lesão, características de benignidade ou malignidade, principalmente o tipo celular presente na biopsia.
Pode ser solicitada, em alguns casos, a biópsia por agulha grossa, conhecida como Core Biopsia ou PAAF por agulha grossa — que traz maior representação histológica da lesão, aportando mais características para o diagnóstico.
A biópsia excisional, em que é retirada a totalidade da lesão, ou a biopsia incisional —que retira uma parte da lesão — podem ser necessárias dependendo da suspeita clínica pelo cirurgião de cabeça e pescoço.
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Quem realiza o diagnóstico de caroço no pescoço?
Em geral, o atendimento precoce e o exame inicial do nódulo no pescoço podem ser realizados pelo clínico geral ou otorrinolaringologista.
Entretanto, o profissional indicado é o cirurgião de cabeça e pescoço.
Qual é o tratamento para o nódulo no pescoço?
O tratamento para um nódulo no pescoço varia de acordo com o diagnóstico, podendo incluir até mesmo o seguimento do nódulo.
Existem casos em que a radiofrequência poderá ser realizada, principalmente em nódulos de características benignas na tireoide. Em outros casos, são necessários procedimentos cirúrgicos como forma de tratamento.
Entretanto, apenas o especialista poderá fazer o diagnóstico de nódulo no pescoço e, a partir disso, determinar a abordagem ideal para cada caso.
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