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Nódulo na parótida pode ser câncer?

Nódulo na parótida pode ser câncer?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
16/05/2023

Dor no rosto, dificuldade para engolir e paralisia de parte do rosto podem indicar a presença de um tumor maligno na região

A parótida é, a maior das três glândulas salivares e fica localizada na frente das orelhas. Ela é responsável por produzir e secretar o maior volume de saliva na cavidade bucal e pode desenvolver nódulos, assim como qualquer outro órgão ou tecido do nosso organismo. Os nódulos são crescimentos anormais de células que formam uma espécie de caroço, contudo a maior preocupação e se esses nódulos na parótida podem ser câncer.

Ao perceber a formação nodular ou tumoral, é preciso investigar para determinarmos as características da lesão e se estamos diante de um tumor benigno ou câncer de parótida. O cirurgião de cabeça e pescoço é o profissional responsável pela condução do caso, solicitação de biópsias e determinação dos tratamentos que são mais adequados para essa doença. Portanto, a pergunta “nódulo na parótida pode ser câncer?” é pertinente e é uma dúvida bastante comum no consultório. A resposta para este questionamento é sim, mas fique tranquilo que vamos esclarecer alguns pontos a seguir.

A formação de um nódulo na parótida significa câncer?

A formação de tumores nas glândulas salivares é rara, quando presente, mais de 80% dos casos de nódulos na parótida são benignos. O tumor benigno mais comum na parótida é chamado de adenoma pleomórfico e caracteriza-se por ser indolor, de aspecto endurecido, móvel e crescer de maneira bastante lenta.

Outro subtipo de nódulo benigno nessa região da cabeça e pescoço é o tumor de Warthin (cisto adenoma papilifero linfomatoso), relacionado intimamente ao tabagismo. Ainda assim, um nódulo na parótida pode ser câncer, por isso precisa ser investigado e conseguirmos o diagnóstico correto.

Dentre as patologias malignas, o câncer de parótida apresenta alguns subtipos, os mais comuns são:

  • Carcinoma mucoepidermoide: tumor intraglandular de origem epitelial, glandular e células intermediárias, que apresenta crescimento progressivo e alta probabilidade de metastatização;
  • Carcinoma adenoide cístico: tumor com neurotrofismo conhecido como cilindroma que se destaca como o segundo tumor mais frequente. Histologicamente composto de células epiteliais e mioepiteliais;
  • Carcinoma ex adenoma pleomórfico: é um câncer que se originou de um adenoma pleomórfico. Estima-se que 25% dos tumores benignos tenham potencial de transformação em malignos.

Quais os sintomas de tumor na glândula parótida?

O primeiro passo para descobrir se um nódulo na parótida pode ser câncer é analisar as características de cada tipo de tumor. A primeira diferença é que tumores benignos podem ser moveis ao serem apalpados, enquanto os malignos estão mais enraizados aos tecidos, ou seja, endurecidos.

Outros sinais que podem indicar se um nódulo na parótida pode ser câncer são:

  • Dor contínua no rosto, pescoço ou boca;
  • Dificuldade para engolir;
  • Dormência ou formigamento em parte do rosto, pois o tumor pode afetar o nervo facial;
  • Crescimento rápido do nódulo;
  • Aumento dos linfonodos cervicais.

Ao notar esses sintomas ou o crescimento de um nódulo logo na frente da orelha, o ideal é procurar um cirurgião de cabeça e pescoço para que ele faça o diagnóstico adequado e responder se um nódulo na parótida pode ser câncer.

Como é feito o diagnóstico?

Para afirmar com certeza se um nódulo na parótida pode ser câncer, o médico realiza o exame físico, além de exames de imagem, como a ressonância magnética, tomografia e ultrassom de glândulas salivares e cervical para analisar melhor as características radiológicas da lesão a partir da coleta de informações que contribuem a propedêutica clínica. O diagnóstico pode precisar de uma biópsia para analisar amostras das células pelo médico patologista e trazer dados citológicos ao diagnóstico.

Existe tratamento?

Ao ter a constatação de que um nódulo na parótida pode ser câncer, muitas pessoas ficam com medo das consequências que essa doença pode causar. Mas é importante salientar que os tratamentos evoluíram bastante nos últimos anos, trazendo boas possibilidades de cura e controle de doença.

O principal tratamento é a cirurgia para a remoção do tumor, que envolve a retirada de toda a glândula parótida e uma quantidade de tecido adjacente para garantir que todas as células doentes tenham sido eliminadas. A cirurgia é denominada de parotidectomia. Se a extensão do tumor for maior, pode ser necessário ainda a retirada dos linfonodos cervicais para evitar recidivas. Dentro da orientação cirúrgica, o cirurgião de cabeça e pescoço abordará temas importantes para alcançarmos os melhores resultados — como lugar da incisão, monitorização neurofisiológica, cirurgias endoscópicas, robóticas, inclusive a extensão da cirurgia. Dentre as complicações que serão conversadas estão as paresias e paralisias de nervo, síndrome de frei, síndrome da primeira mordida, diminuição da sensibilidade cervical e do lobo da orelha, seromas e possibilidade de recidiva de doença.

É necessário que a cirurgia seja conduzida por um cirurgião de cabeça e pescoço com experiência. Esse profissional possui conhecimento profundo da anatomia e fisiologia da região para retirar o tumor de parótida e preservar da melhor forma a integralidade e função o nervo facial.

Antes de se questionar se um nódulo na parótida pode ser câncer, é fundamental consultar um especialista no assunto ao notar os sintomas relatados ou algum abaulamento na região. Entre em contato agora mesmo e agende uma consulta com o Dr. Pablo Quintana.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Instituto Nacional de Câncer (INCA)

Dr. Pablo Ocampo Quintana