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Saiba tudo sobre a traqueostomia

Saiba tudo sobre a traqueostomia
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
02/04/2024

Procedimento permite que o paciente respire quando alguma condição impede o funcionamento adequado das vias aéreas

O câncer de boca se caracteriza pelo crescimento anormal de células que se multiplicam em qualquer estrutura da cavidade oral e geram lesões e tumores malignos na região. Causado principalmente pelo tabagismo e consumo exagerado de álcool, esse tipo de câncer costuma ser bem agressivo e diagnosticado em estágios mais avançados.

O tratamento mais indicado para o câncer de boca é a remoção cirúrgica do tumor e do tecido adjacente como margem de segurança. Dependendo da localização do tumor e da complexidade do procedimento, as vias aéreas podem ser afetadas, o que demanda a realização de uma traqueostomia. O procedimento é uma alternativa segura que possibilita ao paciente respirar nessas situações.

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Outros casos também podem comprometer o funcionamento adequado das vias aéreas e dificultar a respiração do paciente, levando à necessidade de realizar uma traqueostomia. Isso pode ser causado por algum acidente ou trauma grave, fraqueza dos músculos responsáveis pela respiração ou acúmulo de secreção traqueal.

Saiba mais, ao longo desta leitura, sobre o procedimento que facilita a passagem de ar nos pulmões.

O que é a traqueostomia?

A traqueostomia é uma abertura na parede anterior da traqueia realizada por procedimento cirúrgico para permitir a passagem de ar para os pulmões. Dessa forma, o paciente consegue respirar quando existe alguma condição que impede o funcionamento adequado das vias aéreas.

Na maior parte dos casos, a traqueostomia é provisória e pode ser revertida após a recuperação do paciente. Contudo, em algumas condições, o procedimento pode ter caráter definitivo, o que exige alguns cuidados especiais por parte do paciente.

Como é feita a traqueostomia?

A traqueostomia é um procedimento indicado para diferentes situações, então ela pode ser realizada de modo planejado ou emergencial. Em ambos os casos, a traqueostomia é feita em ambiente cirúrgico, mudando apenas o tipo de anestesia.

Quando a cirurgia é planejada, o paciente recebe anestesia geral e realiza todo um preparo operatório. Em uma situação emergencial, é utilizada a anestesia local com leve sedação para que a abertura na traqueia seja confeccionada mais rapidamente.

O cirurgião faz uma incisão no terço inferior do pescoço para alcançar a parede da traqueia e inserir uma cânula por onde haverá a passagem de ar.

Realize esse procedimento cirúrgico com um médico especializado: Dr. Pablo Quintana!

CONTATO

A cânula pode ser fixada ao pescoço por um colar cervical ou por meio de pontos. A escolha do material da cânula (metal ou plástico), assim como seu calibre, é realizada no pré-operatório e leva em consideração as necessidades individuais do paciente.

Essa peça ainda pode conter um dispositivo extra, um balão chamado cuff, que fica insuflado e é indicado para:

  • Diminuir o risco de broncoaspiração;
  • Pacientes que precisam respirar com ajuda de aparelhos por um tempo prolongado (de 10 a 14 dias);
  • Vedar as vias aéreas quando o ar insuflado precisa de exclusividade de passagem apenas para as vias aéreas inferiores.

É importante ressaltar que somente profissionais habilitados, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e fonoaudiólogos, podem manipular o balão da cânula de traqueostomia.

Em alguns casos, como em mandibulectomias anteriores, cirurgias plásticas de mandíbula ou cirurgias ortognáticas, a realização de traqueostomia não é obrigatória, respeitando a avaliação do cirurgião, anestesistas e evolução do paciente no pós-operatório.

Benefícios da traqueostomia

A traqueostomia é uma alternativa eficiente para pacientes que precisam de assistência ventilatória por longos períodos. Quando comparada a outras técnicas, como a intubação orotraqueal e a cricotireoidostomia, a traqueostomia é mais vantajosa pelos seguintes motivos:

  • Permite a alimentação por via oral ao dispensar a necessidade da sonda nasogástrica;
  • Facilita a aspiração de secreções;
  • Reduz o espaço morto anatômico;
  • Diminui o esforço respiratório e a resistência nas vias aéreas;
  • Permite a fonação do paciente.

Cuidados após o procedimento

Por ser uma intervenção invasiva que apresenta riscos como qualquer outro procedimento cirúrgico, a traqueostomia envolve alguns cuidados para evitar complicações, tais como inflamação, infecção, inchaço, problemas de cicatrização e dificuldades para deglutir os alimentos.

Os principais cuidados que uma pessoa traqueostomizada precisa ter após o procedimento são em relação à higienização da cânula inserida na cânula de traqueostomia (intermediário) e outras medidas, como:

  • Lavar bem as mãos antes e depois da manutenção da cânula, além de utilizar luvas descartáveis;
  • Aspirar a cânula quatro vezes ao dia para retirar as secreções acumuladas que podem impedir a passagem de ar. A limpeza da cânula deve ser feita com água corrente e detergente neutro com escova apropriada;
  • Substituir os curativos ao redor da cânula para prevenir lesões;
  • Beber bastante água, o que contribui para que as secreções fiquem mais líquidas;
  • Substituir a cânula metálica por uma plástica caso precise realizar exames como ressonância magnética, tomografia de cabeça e pescoço ou radioterapia.

Qual profissional realiza a traqueostomia?

A traqueostomia é realizada em ambiente hospitalar por um cirurgião geral, cirurgião da cabeça e pescoço, cirurgião torácico ou otorrinolaringologista. Todos esses especialistas possuem capacidade técnica para conduzir o procedimento com excelência.

O Dr. Pablo Quintana é cirurgião de cabeça e pescoço e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, um profissional qualificado para realizar a traqueostomia e outros procedimentos na região.

Agende sua consulta com o Dr. Pablo Quintana

 

Fontes:

Dr. Pablo Quintana

Ministério da Saúde

Hospital A.C. Camargo