A maioria dos nódulos na tireoide é beniga, mas isso não exclui a necessidade de uma correta forma de investigação e de diagnóstico.
A tireoide é uma glândula que se responsabiliza pela produção de diversos hormônios que atuam na regulação metabólica do coração, intestino, pele, musculatura e cérebro, sendo diretamente responsável pelo metabolismo do organismo como um todo. Esta glândula fica localizada na parte inferior e anterior do pescoço e interfere diretamente no crescimento, peso corporal, humor, memória, ciclo menstrual e fertilidade. A presença de um nódulo na tireoide pode representar um alerta ao paciente.
Diversas situações podem fazer com que esta glândula apresente alterações em sua estrutura, caracterizando, assim, um nódulo na tireoide. Esta é uma condição que geralmente não apresenta sintomas, a não ser nos casos visíveis ou palpáveis, em que os nódulos maiores podem gerar alteração da deglutição, rouquidão, engasgos, entre outros. Entenda melhor, a seguir!
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O que é o nódulo na tireoide?
Um nódulo na tireoide é uma massa de tecido que forma um pequeno caroço no interior da glândula, podendo ser sólido, líquido (cístico) ou misto. A condição se caracteriza por um conglomerado de células que se organizam formando arranjos foliculares. Geralmente, acontecem por causa de mudanças hormonais, deficiências de iodo, processos inflamatórios, fatores externos, entre outros. Esses nódulos podem ser tanto únicos como múltiplos.
Embora a presença de um nódulo na tireoide possa assustar os pacientes, esta patologia geralmente é benigna: apenas cerca de 5% a 10% dos casos são malignos. Trata-se de uma alteração bastante comum, principalmente entre a população feminina.
Quais são as causas do nódulo na tireoide?
A Medicina ainda não tem um completo conhecimento a respeito dos fatores que levam à formação de um nódulo na tireoide, sendo esta uma alteração considerada de causas diversas. Uma vez que a condição se torna mais frequente com o avançar da idade, o envelhecimento é apontado como um fator de risco para a formação dos nódulos. Além disso, estes nódulos são mais comuns em mulheres — a prevalência em relação aos homens é de 3:1.
Outros fatores de risco que já foram identificados para o desenvolvimento de um nódulo na tireoide são:
- Obesidade;
- Deficiência de iodo na alimentação;
- Baixa imunidade;
- Doença de Hashimoto;
- Radiação;
- Fatores genéticos.
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Tipos de nódulos na tireoide
Entre os tipos mais comuns de nódulo na tireoide, podemos citar:
- Nódulo coloide: tumores benignos, que podem ser únicos ou múltiplos, formados por tecido idêntico ao da tireoide;
- Adenoma folicular: também benigno, esse tumor geralmente é único e pode produzir hormônios de forma independente;
- Cisto da tireoide: formação arredondada que contém líquido em seu interior, sendo, geralmente, benigno. Alguns casos podem apresentar uma mistura de material sólido e líquido, caracterizando os nódulos mistos de características benignas;
- Bócio multinodular: é uma tireoide de tamanho aumentado, com múltiplos nódulos de dimensões variadas e que podem ser funcionantes (ou seja, produtores de hormônios) ou não;
- Câncer de tireoide: geralmente são nódulos únicos, sólidos, irregulares, mais endurecidos e de crescimento acelerado. Não produzem hormônios e são malignos.
Sintomas dos nódulos na tireoide
A maioria dos casos com nódulo na tireoide são assintomáticos, sendo muito comum que este seja descoberto apenas em exames físicos de rotina ou em exames de imagem solicitados por outros motivos de saúde. Em alguns casos, o próprio paciente pode sentir a presença de uma massa no pescoço e procurar um médico para investigação da alteração.
Nos casos em que o nódulo na tireoide causa sintomas, entretanto, os principais incluem:
- Rouquidão ou mudanças no timbre vocal;
- Dor na parte da frente do pescoço;
- Sensação de caroços ou de aperto no pescoço;
- Dificuldade para respirar ou engolir;
- Tosse frequente;
- Compressão cervical;
- Defeito estético provocado pelo crescimento do nódulo.
Em alguns casos, o nódulo na tireoide pode levar ao aumento da produção de determinados hormônios, fazendo com que o paciente apresente perda de peso inexplicável, aumento da transpiração, tremores e alterações no batimento cardíaco.
Como é o diagnóstico do nódulo na tireoide?
Uma vez identificado o nódulo na tireoide, seja pelo exame físico ou por algum exame de imagem, como numa ultrassonografia, é importante determinar se a doença é benigna ou maligna. Em geral, a investigação se inicia com exames laboratoriais de sangue para avaliar os níveis hormonais e rastrear o funcionamento tireoidiano. Dependendo dos níveis hormonais apresentados ou do que é encontrado na avaliação física, podem ser solicitados os seguintes exames:
Ultrassonografia da tireoide
Permite a avaliação da forma e do tamanho da glândula tireoide, bem como a aparência, o formato e a quantidade de nódulos e a identificação de vários detalhes essenciais, diferenciando nódulos com características benignas dos pouco suspeitos, moderadamente suspeitos ou altamente suspeitos. É considerado suspeito quando o nódulo na tireoide possui margens irregulares, aparência sólida, é mais escuro (hipoecogênico), tem tamanho superior a 1 centímetro e contém microcalcificações em seu interior.
Punção aspirativa da tireoide por agulha fina (PAAF)
É indicada nos casos em que o nódulo na tireoide é considerado suspeito, sendo realizada a partir da coleta de uma pequena amostra do nódulo, que é, posteriormente, enviada a um laboratório para análise citológica — estudo realizado pelo médico patologista para preencher critérios de malignidade ou benignidade.
Cintilografia
É indicada para avaliar se o nódulo é funcionante (produz hormônios) ou se é um nódulo não funcionante, o que é mais comum.
Tomografia de Pescoço
Nódulos maiores, endurecidos e suspeitos para doença maligna precisarão de maior investigação. Desta forma, a tomografia computadorizada pode dar detalhes quanto à profundidade do nódulo, sua extensão intratorácica e o comprometimento de outras estruturas, como a existência de linfonodos suspeitos para metástases.
Como é o tratamento do nódulo na tireoide?
O tratamento de um nódulo na tireoide depende de seu tipo e características. Caso seja identificado que se trata de uma alteração benigna, os tratamentos vão desde o acompanhamento, realização de radiofrequências ou da chamada ablação de nódulo de tireoide até cirurgias parciais e/ou totais. Nódulos malignos têm o tratamento cirúrgico como principal forma terapêutica.
Cirurgia de tireoide
A tireoidectomia parcial é a remoção de uma parte da tireoide, incluindo o nódulo na tireoide. É indicada especialmente para tumores benignos, podendo também ser indicada em casos malignos em que o nódulo é pequeno e não tem metástases cervicais.
Já a tireoidectomia total, em que toda a tireoide é removida, é indicada para casos com nódulos grandes, nódulos malignos com infiltração para fora da tireoide, câncer de tireoide metastático, entre outros.
Dr. Pablo Quintana: cirurgião da cabeça e pescoço
Médico especializado em Cirurgia de Cabeça e Pescoço, o Dr. Pablo Quintana se responsabiliza por diagnosticar e tratar tumores que acometem a tireoide. Entre as principais doenças clínicas que estão dentro do escopo de trabalho está o nódulo da tireoide, caso em que sua atuação ocorre desde a avaliação ultrassonográfica (identificando critérios de benignidade ou suspeita de malignidade), identificação de quais nódulos serão investigados por punção por agulha fina, culminando na escolha personalizada do tratamento dos nódulos de tireoide, que pode ser realizado por radiofrequência e/ou ablação, tireoidectomia parcial ou total ou, ainda, através de acesso endoscópico, clássico ou robótico.
Com consultório localizado na região da Vila Mariana, em São Paulo, o Dr. Pablo Quintana oferece atendimento completo e individualizado aos seus pacientes, que são sempre recebidos com humanização e acolhimento.
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Fontes:
Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia;