Agende sua consulta
Fale conosco pelo WhatsApp

Adenoma pleomórfico: causas, sintomas e tratamentos

Adenoma pleomórfico: causas, sintomas e tratamentos
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
20/03/2024

O adenoma pleomórfico deve ser diagnosticado e tratado precocemente para evitar transformação maligna

O adenoma pleomórfico é uma neoplasia benigna de origem glandular que acomete principalmente as glândulas salivares, podendo representar mais de 70% dos tumores de parótidas. Porém, apesar de sua benignidade, o adenoma pleomórfico pode crescer consideravelmente e, a depender da localização, invadir estruturas adjacentes, como vasos e nervos que passam pela região facial, gerando complicações ao paciente, ou até mesmo se tornar maligno caso não seja tratado.

Quero tratar o adenoma pleomórfico!

Causas do Adenoma Pleomórfico

As causas específicas do adenoma pleomórfico não são completamente compreendidas pela comunidade médica, mas sabe-se que ele é formado por uma mistura de células glandulares e de células mioepiteliais que se multiplicam em excesso, permitindo o crescimento de uma massa benigna (não metastática).

Alguns dos fatores de risco mais prevalentes são:

  • Tabagismo;
  • Etilismo;
  • Abuso de dieta rica em colesterol;
  • Radioterapia prévia.

Embora seja uma condição que pode acometer qualquer pessoa, sabe-se que o adenoma pleomórfico é um tipo de tumor mais prevalente em mulheres entre os 30 e 60 anos de idade.

Principais sintomas

Os sintomas do adenoma pleomórfico se relacionam principalmente com a presença e crescimento de um nódulo indolor na região da mandíbula ou da parótida, de tal forma que conforme ele se desenvolve pode causar:

  • Dor por compressão dos nervos;
  • Dor de ouvido;
  • Paralisia facial;
  • Rigidez que limita a abertura bucal;
  • Espasmos faciais.

Além disso, a massa pode crescer de tal forma a ficar visível ao paciente e outras pessoas, causando preocupações estéticas que também motivam a busca por atendimento médico.

Diagnóstico e tratamento especializado com um Cirurgião de Cabeça e Pescoço!

CONTATO

Como é feito o diagnóstico do adenoma pleomórfico?

O diagnóstico do adenoma pleomórfico se inicia quando o paciente nota o crescimento de um tumor ou o surgimento de outros sintomas e procura atendimento médico especializado por temer ser um câncer.

Nesse momento, as informações clínicas relatadas pelo paciente, como hábitos de vida, história patológica prévia e características do surgimento desse tumor são muito importantes para o cirurgião de cabeça e pescoço avaliar as possibilidades diagnósticas.

Além disso, o médico faz um exame físico voltado às características desse tumor para identificar sinais de malignidade ou benignidade, bem como pode solicitar exames de imagem que ajudam a visualizar melhor a massa e sua extensão, como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e o ultrassom.

Porém, para obter o diagnóstico definitivo de adenoma pleomórfico, é preciso coletar uma amostra do tecido tumoral através de um procedimento de aspiração por agulha fina (AAF) e enviar esse material para análise anatomopatológica, ou seja, para biópsia, que pode levar cerca de 5-7 dias para ficar pronta.

Vale destacar, ainda, que embora esse tumor seja caracteristicamente benigno, aproximadamente 6% dos casos podem sofrer transformação maligna, uma taxa que aumenta para 10% em um período de 15 anos, o que reforça a importância do diagnóstico precoce.

Opções de tratamento

As opções de tratamento para o adenoma pleomórfico variam de acordo com a localização do tumor, seu tamanho e a presença de sintomas, sendo que a remoção cirúrgica costuma ser a primeira escolha para a maior parte dos pacientes, visto que a taxa de cura é de aproximadamente 95%.

Além disso, para reduzir drasticamente as possibilidades de haver uma transformação maligna, o cirurgião de cabeça e pescoço também deve remover uma parte da glândula acometida — e não apenas o tumor.

Porém, outras opções estão disponíveis a depender das características do adenoma pleomórfico. Quando o acometimento é em glândulas salivares menores, pode-se realizar um procedimento menos invasivo chamado enucleação. Por outro lado, em casos de tumor invasivo em que a cirurgia pode não ser uma opção viável, a radioterapia acaba sendo uma possibilidade terapêutica.

Ou seja, apesar de o adenoma pleomórfico ser uma neoplasia benigna, é uma condição que requer atenção cuidadosa de profissionais de saúde especializados, como o cirurgião de cabeça e pescoço.

O diagnóstico preciso e a escolha adequada de tratamento são importantes para evitar recidivas, e por isso pacientes com sintomas cervicais ou orais devem procurar orientação médica para avaliação, diagnóstico e desenvolvimento de um plano de tratamento personalizado.

Entre em contato com o Dr. Pablo Quintana.

 

 Fontes:

Revista Interdisciplinar em Saúde

Revista Salusvita

Revista Brasileira de Otorrinolaringologia

Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial