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Fatores de risco do câncer de amígdala

Fatores de risco do câncer de amígdala
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
15/07/2024

A combinação de fatores genéticos e comportamentais aumenta o risco de desenvolver câncer de amígdala

As amígdalas são duas estruturas do tecido linfático e que fazem parte do sistema imune, atuando como uma primeira barreira de proteção contra agentes externos que possam causar infecções ao indivíduo. Localizadas na parte posterior da garganta, elas também atuam na produção de anticorpos, mas, como qualquer outro tecido do corpo, elas podem ser suscetíveis ao desenvolvimento de câncer.

Por isso, conhecer os fatores de risco do câncer de amígdala é fundamental para que os pacientes busquem um estilo de vida mais saudável e reduzam as chances de desenvolver a doença.

O que é o câncer de amígdala?

O câncer de amígdala é uma neoplasia maligna que se origina das células escamosas, que revestem a superfície das amígdalas. Embora seja menos comum do que outros tipos de câncer de cabeça e pescoço, essa neoplasia pode ser particularmente agressiva e demandar tratamento imediato.

Por isso, ao saber quais são os fatores de risco do câncer de amígdala é possível agir preventivamente e acender um alerta entre os pacientes de maior risco com relação aos sintomas mais comuns, que podem incluir:

  • Dor de garganta persistente;
  • Dificuldade para engolir;
  • Dor de ouvido;
  • Nódulos no pescoço;
  • Mau hálito;
  • Perda de peso inexplicável.

Fatores de risco do câncer de amígdala

Vários fatores podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver câncer de amígdala, sendo que muitos deles são ditos modificáveis, ou seja, que podem ser eliminados com hábitos de vida mais saudáveis. Assim, embora não seja possível evitar a todo custo a doença, ao eliminar os fatores de risco do câncer de amígdala diminui-se a probabilidade de desenvolvê-la.

Aumento da contaminação do HPV

O papilomavírus humano (HPV) é um dos principais fatores de risco do câncer de amígdala. Cada vez mais os estudos comprovam que a infecção por HPV, especialmente a cepa HPV-16, está fortemente associada ao desenvolvimento de cânceres de orofaringe, incluindo os das amígdalas. Assim, é importante lembrar que o HPV é transmitido principalmente por contato sexual, e sua prevenção inclui o uso de preservativos e a vacinação contra o HPV.

Tabagismo e consumo de álcool

O tabagismo e o consumo excessivo de álcool são alguns dos principais fatores de risco do câncer de amígdala. Isso porque o fumo, em particular, contém substâncias que danificam o DNA das células da boca e da garganta, enquanto o álcool — que sozinho já é um importante fator de risco — pode aumentar a absorção dessas substâncias nos tabagistas.

Histórico familiar

Ter um histórico familiar de câncer de orofaringe (base da língua, palato, garganta) pode aumentar o risco de desenvolver câncer de amígdala. Ou seja, pessoas com esses fatores genéticos potencializam inúmeras vezes o risco de câncer ao adotar hábitos de vida e comportamentos como os citados anteriormente.

Exposição a agentes químicos

A exposição a certos agentes químicos no ambiente de trabalho, como solventes, poeiras e outros produtos industriais, também é citada como um dos fatores de risco do câncer de amígdala. Por isso, trabalhadores de indústrias químicas ou aqueles que manipulam regularmente substâncias tóxicas devem tomar precauções para minimizar a exposição e estar mais atentos aos sintomas dessa condição.

Radiação

Outro fator que aumenta o risco de uma pessoa desenvolver o câncer de amígdala é a exposição à radiação na região da cabeça e pescoço, seja por tratamentos médicos ou por outras fontes.

Excesso de gordura corporal

O excesso de gordura corporal tem sido associado a um maior risco de vários tipos de câncer, incluindo o câncer de amígdala. Isso ocorre porque obesidade gera um estado inflamatório crônico no corpo, promovendo o crescimento de células cancerígenas.

Como detectar o câncer de amígdala?

A detecção precoce do câncer de amígdala é essencial para um tratamento eficaz, e por isso que é tão importante as pessoas conhecerem os sintomas e sinais relacionados a essa condição e a outros tipos de neoplasias de cabeça e pescoço, bem como saberem quais são os fatores de risco do câncer de amígdala.

Assim, ao notar sintomas suspeitos, é recomendado procurar um cirurgião de cabeça e pescoço, profissional que realizará avaliação clínica e exame físico e que poderá solicitar exames diagnósticos complementares, como endoscopia, ultrassonografia, biópsia e, em alguns casos, até mesmo tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT) ou ressonância magnética.

Como tratar o câncer de amígdala?

O tratamento do câncer de amígdala depende do estágio em que a doença se encontra, da localização do tumor e da saúde geral do paciente. Como geralmente é diagnosticada em estágios avançados, o tratamento acaba demandando uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

A cirurgia robótica trouxe avanços importantes no campo da cirurgia, possibilitando cirurgias menos agressivas para o tratamento do câncer de amígdala, possibilitando o controle da doença.

Além disso, novos tratamentos, como terapia alvo e imunoterapia, estão se tornando opções viáveis para o câncer de amígdala. Esses métodos são focados em combater especificamente as células cancerígenas e modularem a resposta imunológica do próprio paciente para combater o câncer com menos efeitos colaterais do que a quimioterapia tradicional.

Ou seja, essa é uma condição séria que requer atenção médica imediata. Por isso, conhecer os fatores de risco do câncer de amígdala, estar atento aos sintomas e buscar diagnóstico precoce são passos essenciais para aumentar as chances de um tratamento bem-sucedido.

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Fontes:

Dr. Pablo Quintana

Instituto Nacional de Câncer