Mais de dois terços dos tumores surgem na glote, região da laringe que abriga as cordas vocais
A laringe fica localizada entre a garganta e a traqueia, na região anterior do pescoço, e é conhecida como o órgão da voz por abrigar as cordas vocais. Além de ser importante para a fala, a laringe tem a função de proteger os pulmões ao impedir a passagem de alimentos e partículas líquidas por meio da epiglote durante o processo de deglutição.
Devido a sua grande importância para a fala, respiração e deglutição, o câncer de laringe pode afetar essas funções e comprometer seriamente a qualidade de vida do paciente. Por essa razão, conhecer os sintomas de câncer de laringe pode fazer a diferença para um prognóstico positivo, já que tumores diagnosticados em estágios iniciais têm entre 75% e 95% de chances de cura.
O que é câncer de laringe?
O câncer de laringe é um dos tipos mais comuns de tumores que afetam a região da cabeça e pescoço, representando 25% dos casos nesta região. Apesar de poder afetar as três partes da laringe (supraglote, glote e subglote), esse câncer surge com mais frequência na glote, justamente a região das cordas vocais.
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Principais sintomas do câncer de laringe
Os sintomas do câncer de laringe variam conforme a localização e o estágio do tumor e podem ser um importante passo para o diagnóstico. Por exemplo, alterações na voz e rouquidão persistente são sintomas de câncer de laringe bem comuns, ainda em fase inicial, e indicam que o tumor está localizado na glote.
Outros sinais para ficar de olho são:
- Dor de garganta que não melhora com o tempo;
- Dificuldade para engolir (disfagia);
- Tosse crônica com sangue;
- Dificuldade para respirar (sintoma de câncer de laringe em estágio mais avançado);
- Nódulos no pescoço em forma de inchaços ou caroços;
- Perda de peso inexplicável;
- Dor de ouvido.
Fatores de risco para o câncer de laringe
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), fumar aumenta em 10 vezes o risco de desenvolver a doença e, consequentemente, os sintomas de câncer de laringe, uma vez que o tabagismo está relacionado a mais de 70% dos casos. O abuso de bebidas alcoólicas é outro fator de risco considerável e torna-se ainda mais perigoso quando associado ao cigarro. A combinação desses maus hábitos causa um processo inflamatório no organismo e favorece alterações celulares que podem evoluir para uma neoplasia maligna.
Ainda assim, existem outros fatores de risco para a doença, entre eles:
- Infecção por HPV: o papilomavírus humano (HPV), principalmente o tipo 16, está associado a alguns casos de câncer de laringe;
- Exposição a produtos químicos: inalação de substâncias como amianto, pó de madeira e níquel pode contribuir para o desenvolvimento da doença;
- Histórico familiar: pessoas com casos de câncer na família podem ter maior predisposição;
- Refluxo gastroesofágico: o retorno involuntário do conteúdo estomacal para o esôfago pode atingir a laringe e provocar uma inflamação crônica;
- Sexo: o câncer de laringe é mais prevalente nos homens;
- Idade: pacientes com mais de 55 anos apresentam maior risco;
- Má alimentação: dietas pobres em frutas e vegetais podem gerar deficiências nutricionais e aumentar o risco.
Como diagnosticar o câncer de laringe?
A avaliação clínica, com o levantamento do histórico do paciente, dos fatores de risco e a observação dos sintomas de câncer de laringe é a primeira etapa do processo diagnóstico.
A partir daí, o cirurgião de cabeça e pescoço faz, no consultório, uma laringoscopia, exame que permite visualizar em detalhes a laringe e colher uma amostra de tecido para biópsia na hipótese de serem encontradas alterações suspeitas no órgão.
Os exames de imagem (tomografia computadorizada, ressonância magnética e raio-x torácico) podem complementar o diagnóstico do câncer de laringe e auxiliar a determinar a extensão do tumor e a presença de metástase.
Ficar atento aos principais sintomas de câncer de laringe pode auxiliar no diagnóstico precoce da doença, o que contribui para um tratamento menos complexo e agressivo, aumentando significativamente as chances de cura e o bem-estar do paciente.
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Fontes: