A escolha pelo tratamento do câncer de orofaringe deve considerar o tipo do tumor e sua localização
O câncer de orofaringe é um tipo de tumor que afeta a região da garganta, especificamente as amígdalas, a base da língua, o palato mole e a parede posterior da garganta, área de células com características muito diversas e cuja replicação pode gerar diferentes tipos de tumores.
Como muitas vezes o diagnóstico é tardio, é preciso analisar cuidadosamente as opções de tratamentos para câncer de orofaringe, que podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou cirurgia robótica.
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Causas e fatores de risco do câncer de orofaringe
O câncer de orofaringe, como muitos outros tipos de neoplasias, resulta de uma combinação entre diversos fatores, o que significa que um indivíduo com história familiar positiva para esse tipo de doença costuma ter mais chances de desenvolver o câncer, principalmente se exposto a fatores de risco. Os principais são:
- Tabagismo, incluindo tabaco mastigável e até mesmo cigarros eletrônicos;
- Consumo de bebida alcoólica, sendo que quanto maior a ingesta, maiores os riscos;
- O avançar da idade, visto que é uma doença mais prevalente em indivíduos com mais de 65 anos;
- Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), sendo esse fator mais relacionado com o câncer em jovens com vida sexual ativa;
- O sexo masculino, acometendo quase três vezes mais homens do que mulheres;
- Exposição contínua a substâncias químicas, como amianto, níquel e outras.
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico precoce é essencial para pensar em tratamentos para câncer de orofaringe e aumentar as chances de cura e recuperação após a doença. O primeiro passo é buscar atendimento médico especializado caso se notem sintomas que acometem a orofaringe, principalmente se for um indivíduo com fatores de risco aumentados.
Durante a investigação, o cirurgião de cabeça e pescoço questionará sobre hábitos de vida, comorbidades e até mesmo histórico de doenças na família. Assim, com a entrevista inicial e o exame físico subsequente, o profissional terá substrato para solicitar exames que ajudem no diagnóstico, tais como endoscopia digestiva alta, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Por fim, se alguma lesão ou tumoração forem encontradas, o passo final é realizar uma biópsia para confirmar o diagnóstico e identificar o tipo do câncer e assim analisar as possibilidades de tratamentos para câncer de orofaringe.
Relação com o HPV
A relação entre o câncer de orofaringe e o HPV é significativa e crescente, principalmente pela alta prevalência de relações sexuais desprotegidas. Assim, é válido lembrar que esse é um vírus sexualmente transmissível e que pode chegar à orofaringe através do sexo oral. Porém, nem todas as infecções por HPV resultam em câncer, visto que a maioria é resolvida pelo próprio sistema autoimune.
Tratamento do câncer de orofaringe
As opções de tratamentos para câncer de orofaringe são diversas, e a escolha depende do estágio da doença, do tamanho do tumor, da localização e de outros fatores individuais, que devem ser discutidos entre o paciente e a equipe médica.
Cirurgia
A cirurgia é uma opção muito efetiva para os tratamentos para câncer de orofaringe quando o tumor é bem localizado e não envolve estruturas importantes, como vasculatura e nervos periféricos. Assim, a escolha por essa abordagem depende de uma extensa avaliação dos exames de imagem, e a programação pode ser de uma ressecção cirúrgica clássica ou robótica, que por sua vez permite ressecções mais detalhadas e de tumores menores.
Radioterapia
A escolha pela radioterapia como um dos tratamentos para câncer de orofaringe se dá a partir das características anatômicas e morfológicas da lesão. A técnica é importante principalmente para ajudar a remover ou diminuir aglomerados celulares de difícil acesso via cirurgia, ou que são pequenos demais para uma intervenção maior, além de ter importante efeito para a redução de sintomas.
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Quimioterapia
A quimioterapia é uma das principais escolhas entre as opções de tratamentos para câncer de orofaringe, porque ajuda a diminuir os tumores antes da cirurgia e também atua em possíveis aglomerados celulares neoplásicos. A escolha da medicação a ser usada e a forma de administração (intravenosa ou oral) depende do plano terapêutico completo e do tipo de tumor.
Cirurgia Robótica
A cirurgia robótica é uma das grandes estrelas entre os tratamentos para câncer de orofaringe, pois se trata de uma abordagem minimamente invasiva e que utiliza um sistema cirúrgico assistido por robô para realizar procedimentos com precisão — o que é extremamente importante para a remoção de tumores em locais próximos a vasos de grande importância.
Assim, na vigência de sinais e sintomas na região da orofaringe, principalmente aqueles que não cessam ou que até pioram com o passar dos dias, é fundamental consultar um médico especializado para investigar a possível causa.
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Fontes:
– Colégio Brasileiro de Cirurgia
– Oncoguia