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Cirurgia de parótida: o que você precisa saber

Cirurgia de parótida: o que você precisa saber
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
21/10/2024
5 min. de leitura

Doenças da glândula parótida podem ser tratadas com cirurgia, mas é preciso escolher um especialista para evitar complicações

A cirurgia de parótida (parotidectomia) é um procedimento realizado pelo cirurgião de cabeça e pescoço para tratar uma série de condições que afetam a glândula parótida. Assim, devido à localização dessa estrutura (próxima a vasos e nervos importantes), é fundamental que a cirurgia seja realizada por um profissional especializado e experiente a fim de evitar complicações tardias, como a paralisia facial.

O que é a cirurgia de parótida?

A cirurgia de parótida é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção de parte ou da totalidade da parótida, que é a maior das glândulas salivares localizadas na face, próxima ao ouvido. A principal razão para a realização desta cirurgia é a presença de tumores, que podem ser benignos ou malignos.

Indicações para a cirurgia de parótida

A principal indicação da cirurgia de parótida é o tratamento de tumores, tanto os benignos (que são a maioria), como o adenoma pleomórfico, quanto os malignos, como o carcinoma mucoepidermoide. Outras indicações incluem:

  • Infecções recorrentes ou crônicas da parótida;
  • Metástases;
  • Formação de cistos ou abscessos;
  • Doenças autoimunes que afetam a glândula;
  • Obstruções nos ductos salivares que não respondem a tratamentos menos invasivos.

Como é realizada a cirurgia de parótida?

As etapas que compõem essa importante cirurgia são:

Preparação para a cirurgia

Antes do procedimento, o paciente passa por uma avaliação detalhada com o cirurgião de cabeça e pescoço, que pode solicitar exames de imagem para determinar a localização e o tamanho do tumor. Também é comum fazer uma biópsia antes da cirurgia para identificar se o tumor é benigno ou maligno e assim planejar a melhor abordagem terapêutica.

Após definir que a cirurgia de parótida é a melhor conduta, o cirurgião discutirá com o paciente os possíveis riscos e complicações do procedimento, além de fornecer orientações pré-operatórias, como tempo necessário de jejum e suspensão de medicamentos.

Procedimento cirúrgico

O início do procedimento se dá com a anestesia geral e uma incisão ao longo do contorno da orelha, abordagem que permite acessar a glândula parótida e remover o tecido afetado. Dependendo da extensão da doença, a cirurgia pode ser uma parotidectomia superficial, onde apenas a parte externa da glândula é removida, ou uma parotidectomia total, onde toda a glândula é removida.

A cirurgia de parótida é meticulosa e demanda bastante atenção da equipe médica, principalmente pela proximidade da glândula com o nervo facial, estrutura que controla os movimentos dos músculos da face.

Monitorização do nervo facial

A monitorização do nervo facial é uma medida de proteção realizada durante o procedimento para evitar que o cirurgião lesione essa estrutura anatômica.

Importância da monitorização do nervo facial

A preservação do nervo facial é uma das principais preocupações durante a cirurgia de parótida. Afinal, ele é responsável pelos movimentos da musculatura facial, sendo que qualquer dano a essa estrutura pode resultar em paralisia facial parcial ou total, afetando a expressão da face e outras funções importantes.

Como a monitorização do nervo facial é realizada?

A monitorização intraoperatória do nervo facial consiste em colocar eletrodos no rosto para detectar a atividade do nervo. Isso permite ao cirurgião identificar o nervo durante a remoção da glândula parótida, reduzindo o risco de lesão.

Benefícios da monitorização do nervo facial

A monitorização do nervo facial durante a cirurgia de parótida reduz o risco de complicações permanentes, como a paralisia facial, e permite ao cirurgião operar com maior segurança e precisão, especialmente em casos nos quais o tumor está próximo ou envolvido com o nervo facial.

Pós-operatório e recuperação

Após a cirurgia de parótida, o paciente pode precisar de internação hospitalar por um a dois dias para monitoramento do estado geral, principalmente se o tumor for maligno. Além disso, um dreno pode ser colocado na área operada para evitar o acúmulo de fluidos, melhorar a recuperação e reduzir os riscos de infecção.

Já o tempo de recuperação varia a depender da indicação cirúrgica e da condição de saúde do paciente, mas geralmente inclui repouso e restrições de atividades físicas por algumas semanas.

Possíveis complicações e riscos

Como qualquer procedimento cirúrgico, a cirurgia de parótida apresenta riscos e possíveis complicações, sendo estes os principais:

  • Paralisia facial temporária ou permanente;
  • Hematomas e infecções na área operada;
  • Formação de fístulas salivares, onde a saliva vaza pela pele;
  • Síndrome de Frey, que causa suor excessivo na área da bochecha durante a mastigação;
  • Recidiva de tumores.

Portanto, é fundamental que o paciente siga as orientações pós-operatórias e informe o médico sobre qualquer sintoma incomum.

Perguntas comuns

Quais são os sintomas de problemas na parótida?

Os sintomas mais comuns de problemas na glândula parótida incluem:

  • Inchaço ou massa visível na região da bochecha ou próximo à orelha;
  • Dor ao mastigar ou falar;
  • Dificuldade para abrir a boca;
  • Secura na boca.

Vale reforçar que tumores na parótida podem ser indolores no início, o que torna ainda mais importante passar por uma avaliação médica em caso de qualquer alteração na glândula.

Quanto tempo dura a recuperação?

A recuperação completa após a cirurgia de parótida pode levar várias semanas. De forma geral, a maioria dos pacientes retorna às suas atividades normais dentro de duas a quatro semanas, mas a recuperação completa do nervo facial, se houver qualquer envolvimento, pode levar meses.

Portanto, para ter uma recuperação rápida e tranquila, qualquer paciente que se submeta a esse procedimento deve seguir criteriosamente todas as recomendações médicas para evitar qualquer complicação.

Entre em contato agora mesmo com o Dr. Pablo Quintana

 Fontes:

Arquivo Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Atlas de OTRL e CCP