Os nódulos de parótida podem indicar tanto infecções virais quanto malignidade e devem sempre ser investigados
A parótida é uma das principais glândulas salivares do corpo humano e se localiza logo abaixo e à frente das orelhas. Sua função é de produzir e secretar saliva, substância que auxilia tanto na digestão dos alimentos por conter enzimas quanto na manutenção da saúde bucal por ajudar a controlar a proliferação de bactérias.
Assim, sinais de nódulos na parótida podem surgir com frequência em algumas pessoas, indicando tanto condições benignas (como cistos e infecções) quanto malignas. Por isso, esses quadros devem sempre ser avaliados por um cirurgião de cabeça e pescoço, médico especializado em condições que afetam essa região.
O que causa os nódulos na parótida?
Os nódulos na parótida podem ser causados por uma variedade de condições benignas e malignas, como:
- Infecções bacterianas ou virais;
- Cistos;
- Tumores benignos;
- Tumores malignos;
- Distúrbios autoimunes, como síndrome de Sjögren;
- Lesões traumáticas;
- Litíases glandulares, chamados de cálculos salivares.
Quais os sinais de nódulos na parótida?
Os sinais de nódulos na parótida podem variar de acordo com a causa subjacente, mas o mais evidente é o paciente notar um inchaço ou crescimento de uma massa palpável ao redor da mandíbula ou das orelhas. Associado ao nódulo, pode haver dor, febre local ou sensibilidade, especialmente se essas massas estiverem associadas a infecções ou inflamação.
Além disso, se forem tumores sólidos (benignos ou malignos), eles podem crescer e atingir as terminações nervosas da face, gerando outros sintomas, como:
- Fraqueza ou paralisia parcial dos músculos faciais;
- Dificuldade de deglutição;
- Alteração na audição;
- Dificuldade na movimentação da mandíbula;
- Dor facial.
Como saber se o nódulo na parótida é câncer?
Para determinar se um nódulo na parótida é maligno (câncer), é necessário realizar uma avaliação médica detalhada com exame físico direcionado, buscando sinais de inchaço, dor, crescimento progressivo, linfonodos suspeitos e outros sinais de nódulos da parótida. Além disso, o cirurgião de cabeça e pescoço pode solicitar exames de imagem que ajudam a visualizar melhor o nódulo e suas características, sua relação anatômica com vasos e nervos, além de coletar material para biópsia – exame que permite o diagnóstico definitivo de câncer.
Ou seja, é importante que o paciente esteja atento aos principais sinais de nódulos na parótida e procure o médico na presença deles, principalmente se o crescimento for rápido e houver outros sintomas associados. A recomendação é que a avaliação seja feita pelo cirurgião de cabeça e pescoço, profissional da saúde especializado no diagnóstico e tratamento dessas condições.
Opções de tratamento dos nódulos na parótida
As opções de tratamento dos nódulos na parótida dependem da causa subjacente, das condições de saúde do paciente e do tamanho e estruturas afetadas.
Se o nódulo for causado por uma infecção bacteriana, o médico prescreverá antibióticos específicos para eliminar o agente etiológico e acompanhará o paciente até a resolução total do quadro. Já nos casos de infecção viral, o tratamento envolve apenas o uso de medicações sintomáticas e repouso para ajudar o organismo a se recuperar.
Porém, quando os sintomas e sinais de nódulos na parótida não cessarem e o quadro for diagnosticado como cisto ou tumor (benigno ou maligno), a cirurgia de remoção parcial ou total da glândula (parotidectomia) pode estar indicada. De forma geral, a tentativa é sempre de manter o máximo de funcionalidade na região da face preservando o nervo facial.
Nos casos de nódulos malignos, pode haver, também, indicação de tratamento com radioterapia ou quimioterapia isolados ou associados à cirurgia.
Por fim, todo paciente com sinais de nódulos na parótida deve receber cuidados de suporte, que incluem medidas para aliviar os sintomas e para melhorar a qualidade de vida do paciente, além de acompanhamento médico regular, independente da causa do quadro.
Portanto, mediante qualquer sintoma ou indício de nódulo crescendo na região do pescoço é fundamental procurar atendimento médico especializado com um cirurgião de cabeça e pescoço.
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Fontes:
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia
Revista de Odontologia Clínica