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Causas dos cistos branquiais

Causas dos cistos branquiais
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
14/07/2023

Apesar de ser uma doença congênita benigna, não se sabe com exatidão quais são as causas dos cistos branquiais

Os cistos branquiais representam cerca de 20% das massas cervicais identificadas em pacientes pediátricos, e geralmente se manifestam no final da infância e na adolescência, sendo mais raro seu surgimento na idade adulta. Os tipos mais comuns são os que se apresentam abaixo do ângulo da mandíbula e à frente do músculo esternocleidomastoideo.

Esses cistos podem se manifestar como pequenas saliências ou nódulos no pescoço. Embora não seja um quadro que representa gravidade, em alguns pacientes o cisto pode infeccionar ou crescer, correndo o risco de lesionar estruturas importantes, como o nervo facial, ou ocasionar processos infecciosos que demandam internações prolongadas com drenagens cervicais.

Além disso, as exatas causas dos cistos branquiais são desconhecidas, mas por ser uma condição congênita, entende-se que é de ordem multifatorial, ou seja, ocorre tanto por alterações genéticas ao acaso quanto por influência ambiental, como a exposição materna a substâncias tóxicas durante a gestação.

Causas dos cistos branquiais

Sabe-se que as causas dos cistos branquiais estão relacionadas ao desenvolvimento intrauterino do bebê. Isso porque durante a fase embrionária, formam-se brânquias nas laterais do embrião, estruturas que normalmente se fecham antes do nascimento para formar as vias respiratórias. No entanto, em casos raros, pode ocorrer uma falha nesse processo de fechamento, resultando na formação dos cistos branquiais.

Porém, embora saiba-se que essa é uma condição causada por alguma má-formação embriológica, não se sabe ao certo quais são os motivos que levam a isso. O que se entende, atualmente, sobre as causas dos cistos branquiais é que diversos fatores podem contribuir para o surgimento do quadro, incluindo:

  • Predisposição genética;
  • Exposição a substâncias teratogênicas durante a gestação;
  • Exposição a toxinas ou poluentes presentes no ambiente;
  • Pré-natal inadequado.

É importante reforçar que as causas dos cistos branquiais são congênitas, o que quer dizer que esse quadro não pode ser ocasionado por infecções ou doenças adquiridas após o nascimento. O que pode ocorrer em alguns pacientes é uma fistulização do cisto (comunicação com o meio externo através de um abscesso) devido a uma infecção oportunista na região.

Como diagnosticar

O diagnóstico dos cistos branquiais deve ser realizado por um médico especializado, como um otorrinolaringologista ou cirurgião de cabeça e pescoço, que iniciará a investigação com uma avaliação clínica detalhada e um exame físico especializado.

Assim, logo na primeira consulta, o profissional já pode solicitar exames diagnósticos complementares, sendo que a ultrassonografia é a opção mais utilizada para confirmar a presença do cisto branquial, sua localização, tamanho e conteúdo.

Mediante a confirmação da presença dessa massa cística, deve-se prosseguir com uma biópsia para descartar outras condições, especialmente neoplasias, e confirmar a benignidade do quadro. Já os exames de imagem estática, como a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética são mais utilizados para avaliar a relação do cisto com as outras estruturas anatômicas do pescoço e, assim, planejar a abordagem cirúrgica, se necessária.

Quando a cirurgia é indicada

A cirurgia é um tratamento frequentemente indicado, independentemente das causas dos cistos branquiais. A decisão de realizar tal procedimento deve ser tomada em conjunto entre o paciente e o médico, considerando diversos fatores, como o tamanho e localização do cisto, a presença de sintomas e o risco de complicações.

Nos casos em que há infecção do cisto branquial com exteriorização de material purulento por meio de um abscesso, pode ser necessário drenar o líquido e tratar a infecção com medicamentos orais para só depois fazer a remoção completa.

Há também a possibilidade de o cisto crescer e causar desconforto ao paciente, além de sintomas como dor e dificuldade em engolir.

Além disso, há pacientes cujos cistos adquirem tamanhos e aspectos que causam desconforto estético, impactando negativamente a qualidade de vida. Nesses casos, é comum que essas pessoas optem pela cirurgia como forma de retomar a autoconfiança e autoestima.

Portanto, cabe ao cirurgião de cabeça e pescoço avaliar cada caso individualmente e determinar as melhores condutas, apresentando ao paciente os benefícios, riscos e alternativas de tratamento para que juntos optem pelo melhor curso terapêutico.

Entre em contato agora mesmo e agende uma consulta com o Dr. Pablo Quintana.

 

Fontes:

UpToDate;

Instituto de Otorrinolaringologia;

Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço