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Laringectomia: como é realizada?

Laringectomia: como é realizada?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
18/12/2023

O procedimento envolve a retirada da laringe e deve ser feito por um profissional capacitado e experiente

A laringe é um órgão tubular localizado na região do pescoço (mais especificamente entre a faringe e a traqueia), que permite a passagem do ar para as vias respiratórias inferiores e desempenha um papel essencial na produção da fala graças à presença das cordas vocais. Porém, em algumas condições médicas, a laringectomia é a única forma de tratamento possível, o que pode causar grandes medos e inseguranças ao paciente.

O que é laringectomia?

A laringectomia é a cirurgia de remoção da laringe, o órgão que abriga as cordas vocais e que é responsável pela produção da voz e proteção das vias respiratórias, podendo ser dividida em dois tipos principais: total e parcial.

Na laringectomia total, a laringe é removida completamente com as cordas vocais, o que significa que o paciente perde a capacidade total de fala e precisa desenvolver novas formas de comunicação não laríngea. Esse procedimento costuma ser indicado em casos de câncer avançado.

Já na laringectomia parcial, o cirurgião realiza cirurgias minimamente invasivas por via endoscópica ou aberta para retirada do tumor.

O uso de traqueostomia nas cirurgias de laringe está condicionado à extensão da cirurgia proposta, muitas vezes sendo temporária ou definitiva.

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Quando a laringectomia é indicada?

Essa cirurgia é indicada em situações em que a laringe está comprometida por doenças neoplásicas, como o câncer, e em quadros graves que comprometam a função respiratória, como a laringomalácia, tumores benignos, papilomatoses, sinéquias ou aderências da glote.

Porém, a principal condição tratada com a laringectomia total é o câncer de laringe avançado, que não responde a outras terapias ou que apresenta grande risco de disseminação para outros órgãos.

Como a cirurgia é realizada?

Antes de fazer a laringectomia, é importante que o paciente passe por uma preparação multiprofissional para entender o processo e seus cuidados. Já a cirurgia, em si, ocorre com o paciente em anestesia geral, e inicia com uma incisão no pescoço, por onde o cirurgião de cabeça e pescoço vai acessar o órgão e individualizá-lo para realizar a laringectomia.

O segundo momento da cirurgia consiste na reconstrução do trato respiratório, e para isso, geralmente é feita uma traqueostomia, que é uma abertura na traqueia, conectando a área a uma cânula que permite a respiração.

O terceiro momento é a reconstrução do trato digestivo para assegurar um aporte dietético ao paciente até a recuperação por completo. Nas laringectomias parciais ou endoscópicas, são introduzidas cânulas pela boca do paciente, de modo a possibilitar a visualização da laringe. Posteriormente, é realizada a remoção do tumor com uso de pinças especiais, com ou sem uso de laser.

Cuidados no pós-operatório

Após a laringectomia, o paciente deve ser acompanhado de perto pela equipe médica e assistencial tanto para aprender a fazer a manutenção do estoma e prevenir infecções, quanto para se adaptar às mudanças físicas e emocionais. Assim, o pós-operatório da laringectomia inclui alguns cuidados essenciais, como:

  • Manutenção e limpeza do estoma;
  • Reabilitação respiratória;
  • Reabilitação de fala, com ou sem prótese vocal;
  • Repouso vocal, nas laringectomias parciais;
  • Evitar exposição a ar seco, empoeirado e frio;
  • Limpeza adequada da via aérea;
  • Psicoterapia;
  • Acompanhamento dos curativos e sondas.

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Quais são os riscos da laringectomia?

Tal como qualquer procedimento cirúrgico, a laringectomia tem risco de infecção de ferida operatória e sangramento durante e após a cirurgia. Porém, a principal complicação relacionada ao procedimento — principalmente na laringectomia total — é a fístula faringocutânea, que consiste em uma pequena abertura espontânea na região da faringe, por onde ocorre a saída de saliva e secreções para a região do pescoço.

Outros riscos associados à laringectomia são:

  • Edema facial;
  • Hematoma;
  • Dificuldade de deglutição e mastigação;
  • Infecção pulmonar;
  • Complicações respiratórias;
  • Desabamento do traqueostomia.

É importante lembrar que a laringectomia é indicada apenas quando a remoção da laringe é a única opção viável para tratar a condição médica do paciente, ou seja, quando os benefícios da cirurgia superam os riscos associados a ela.

Qual profissional realiza a laringectomia?

A laringectomia é um procedimento delicado e que deve ser indicado e realizado por um cirurgião de cabeça e pescoço experiente, profissional capacitado e especializado em procedimentos que envolvem essa rica região anatômica.

Entre em contato com o Dr. Pablo Quintana e agende já sua consulta.

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Fontes:

Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

A.C. Camargo Cancer Center

Revista da Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências

Revista Brasileira de Cancerologia

O Guia do Laringectomizado

INCA