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Riscos do cigarro eletrônico para boca

Riscos do cigarro eletrônico para boca
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
27/04/2023

Popular entre os jovens, o cigarro eletrônico apresenta riscos para a boca que vão desde mau-hálito e cáries até câncer de boca e orofaringe

Também conhecido como vape ou e-cigarettes, o cigarro eletrônico é um dispositivo que possui formas parecidas com o cigarro convencional, uma caneta ou até mesmo um pen-drive. Com auxílio de sua bateria, o cigarro eletrônico aquece um líquido concentrado de nicotina, que depois é inalado pelo usuário. Além de conter nicotina, esse líquido também possui solventes, como propilenoglicol, glicerina e aromatizantes, que podem se apresentar como danosos para a boca e outras partes do corpo.

Inicialmente apresentado como uma solução “mais saudável” do cigarro tradicional e até mesmo como uma forma de tratamento para vencer o vício, o vape foi posteriormente proibido pela ANVISA, em 2009. O aparelho tem seu uso desaconselhado por vários especialistas de saúde, entre os quais a Associação Médica Brasileira.

Prejuízos do cigarro eletrônico

Assim como o cigarro convencional, o vape também produz um grande volume de substâncias tóxicas e cancerígenas, que podem levar a doenças como os cânceres de boca, laringe, orofaringe, hipofaringe e até de pulmão, pâncreas e bexiga, além de doenças cardiovasculares e pulmonares. Também é essencial mencionar os riscos do cigarro eletrônico para boca, que causam problemas como:

  • Mau hálito: mesmo que não seja necessária a inalação da fumaça, a presença da nicotina causa um cheiro ruim na boca, que pode piorar, caso o usuário não possua bons hábitos de higiene bucal;
  • Escurecimento da gengiva e dos dentes: embora afete a boca apenas de maneira estética, o escurecimento da gengiva e dos dentes fazem parte da lista de riscos do cigarro eletrônico para boca, uma vez que, quando a nicotina se acumula na superfície dos dentes, acaba aderindo ao esmalte dentário;
  • Retração gengival, sensibilidade dentária e cáries: com a diminuição da irrigação de membranas mucosas da boca, o tecido danificado causa a exposição da raiz dentária. Como consequência, aumenta a sensibilidade dentária e as chances de surgimento de cáries;
  • Doenças periodontais: pessoas com hábitos ruins de higiene dental possuem naturalmente mais chances de desenvolverem doenças na boca. Dessa maneira, correm risco de até perderem dentes;
  • Danos ao DNA celular: causados pelo aquecimento contínuo da mucosa oral e gengival.

Os riscos do cigarro eletrônico para boca também incluem xerostomia (boca seca) e inflamações na cavidade bucal. Além, é claro, do câncer de boca.

Riscos da nicotina

Por ser uma neurotoxina, a nicotina é capaz de aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial, também gerando um aumento da contração no coração, nas veias superficiais e nas artérias coronárias. Ou seja, seu uso deixa o coração em constante tensão, o que eleva o risco de ataque cardíaco.

A substância, em uso contínuo, ainda causa uma tolerância crescente. Com isso, o usuário precisa, cada vez mais, de doses maiores para satisfazer os sintomas do vício. Nos jovens, o risco é ainda maior, sendo capaz de afetar o cérebro ainda em desenvolvimento.

À medida que a tolerância da nicotina aumenta, cresce o perigo de desenvolver diabetes tipo 2. A nicotina também prejudica o funcionamento das células endoteliais dos vasos sanguíneos, que facilitam o fluxo laminar do sangue.

Vale ressaltar que os riscos do cigarro eletrônico para boca também são intensificados pela presença da nicotina, que aumenta a neovascularização dos tumores, ampliando as chances de crescimento e desenvolvimento de tumores.

Como prevenir o câncer de boca

Como parte dos riscos do cigarro eletrônico para boca, o câncer na cavidade oral atinge cerca de 15 mil pessoas por ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Infelizmente, nem todos os casos de câncer de boca podem ser evitados, porém o risco de desenvolvê-lo pode ser reduzido, ao eliminar ou evitar alguns fatores de risco, como:

  • Evitar fumar ou beber: assim como o tabagismo, o alcoolismo contribui na formação de tumores de boca e orofaringe. Diminuir o seu consumo ou parar com esse hábito diminui de forma significativa o risco de câncer. Isso vale para o cigarro eletrônico como fator de risco para câncer de boca;
  • Limitar a exposição à luz ultravioleta: embora a luz do sol seja essencial para obtenção de diversas vitaminas e melhora da qualidade de vida, sua exposição excessiva pode causar diversos malefícios. Principalmente em torno do meio-dia, é recomendado evitar excessos. O uso de protetor solar e labial com fator 30, no mínimo, é essencial ao longo do dia;
  • Manter uma dieta saudável: uma dieta pobre de frutas e verduras e o sobrepeso estão associados ao câncer de boca e orofaringe. Seguir um plano alimentar com mais vegetais, frutas e legumes pode diminuir o risco de câncer de boca;
  • Tratar lesões pré-cancerígenas: áreas com manchas ou lesões brancas (leucoplasia) e lesões vermelhas (eritroplasia) na boca podem evoluir para um câncer. Suas remoções nem sempre impedem o desenvolvimento de um câncer, porém diminuem o seu risco.

Qual profissional procurar

Mesmo após interromper o uso dos e-cigarettes, os riscos do cigarro eletrônico para boca não podem ser ignorados, muito menos os sintomas causados por eles.

Em caso de ferimentos, úlceras com ou sem sangramentos, crescimento de nódulos na boca, bochecha ou língua, é essencial procurar um profissional capacitado. A melhor opção recai nos ombros dos mais experientes em diagnosticar esse tipo de câncer: cirurgiões da cabeça e do pescoço. Entre em contato agora mesmo e agende uma consulta com o Dr. Pablo Quintana.

Fontes:

American Cancer Society

Instituto Nacional do Câncer (INCA)

Dr. Pablo Ocampo Quintana

Biblioteca Virtual em Saúde (Ministério da Saúde)